A peça Elemento Líquido - Um espetáculo Sobre as Águas, incorpora multimídia na cenografia criada por Muti Randolph, diretor de arte e cenógrafo, o mesmo que fez a cenografia da festa Audi em SP.
Assim como Quartett e Isadora.orb, a peça Elemento Líquido -- escrita, dirigida e atuada por Jac Fagundes -- usa a projeção como cenário e como complemento do conteúdo da peça. As imagens ajudam a narrar a história ou a idéia que a peça quer passar. Em Quartett, que passou pelo teatro Oi Futuro, Rio, a SuperUber criou um video-cenário que marcava a passagem de tempo; uma noite lenta que abraça todo o texto da peça. Os personagens não têm a chance de amanhecer, a peça (e eles) terminam com o raiar de um dia cinzento. Em Isadora.orb, Rick Seabra e Andrea Jabor projetavam em tempo real miniaturas de cenário, mixando-as com imagens ao vivo da coreografia. É um recurso cênico simples e original, perfeito para contar a história da peça.
O cenário de Muti para Elemento Líquido é simples; uma tela ondulada ao fundo, que dá as imagens projetadas uma pequena distorção. No canto do palco, uma grande bacia de acrílico com água dentro, é como um personagem da peça; no primeiro momento que a atriz se aproxima, a iluminação por baixo da bacia surge e cria raios de luz verticais. É um recurso low-tech que cria um efeito impactante.
Elemento Líquido é um espetáculo teatral com bases científicas, nos conta histórias e ao mesmo tempo nos dá informações, fatos inegáveis sobre nossa necessidade de usar e cuidar da água. Combina com o momento atual, de crescente preocupação com o meio ambiente.
A peça estava em cartaz no Teatro dos Quatro no Shopping da Gávea, Rio.
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Um comentário:
Deve ser uma experiencia inusitada.
Queria ver uma peça que mesclasse atores reais com avatares. Em que houvesse interação entre os mundos.
Dica para o TFG ;0
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