quinta-feira, 27 de setembro de 2007

As línguas da nova web

Conheça as linguagens de programação e os pacotes de desenvolvimento para a nova geração de serviços na internet.

Montar um site em Ajax do zero é uma alternativa pouco palatável. Incluir recursos visuais com Ajax pode exigir um aumento de mais de 50 mil linhas de código. Mas, nos últimos tempos, com a popularização da web 2.0, surgiram várias ferramentas para melhorar a situação. Um dos principais paradigmas da web 2.0 é evitar o roundtrip. Trata-se da carga de uma nova página quando um botão é clicado ou uma opção é modificada. Eliminando-se os roundtrips e aumentando a velocidade de resposta dos aplicativos, cria-se um ambiente imersivo semelhante ao dos programas para o desktop. É aí que entra o Ajax. Unindo chamadas em Javascript de funções remotas com carga de dados em XML, é possível rodar código que baixa informações de bancos de dados sem precisar de uma nova página web. A transição para o Ajax do Mandic Mail (www.mandic.com.br), webmail da Mandic, foi voltada para simular a experiência dos aplicativos tradicionais na web. "O nosso cliente sente que usa um programa no desktop", afirma Ender Imbroisi, programador que já passou pelo UOL e pelo iG, e desenvolveu os novos recursos em Ajax do Mandic Mail, que incluem arrastar e soltar de e-mails em pastas e funções do botão direito do mouse.

Já existem vários pacotes para quem deseja criar funcionalidade Ajax diretamente em Javascript. O mais famoso deles é o Script.aculo.us (http://script.aculo.us), que facilita a inclusão do recurso de arrastar e soltar elementos e abrir e fechar seções da página, entre outros efeitos. Mas o Ajax é apenas a parte da web 2.0 que roda no browser do internauta. Por trás dos serviços há também novidades tanto em linguagens de programação quanto em pacotes de desenvolvimento. A linguagem que mais vem ganhando espaço no desenvolvimento web é o Ruby. Seu pacote Ruby on Rails (ou simplesmente Rails), disponível em www.info.abril.com.br/download/4574.shtml, traz ferramentas prontas para automatizar o desenvolvimento de sites, a disponibilização de APIs para desenvolvedores e, claro, a adição de recursos em Ajax para as páginas. A linguagem Ruby foi a escolhida para vários serviços, como a planilha NumSum, o gerenciador de podcasts PodOMatic e o mashup SuprGlu.

Apesar da popularização da linguagem Ruby, opções mais tradicionais continuam liderando o desenvolvimento da web 2.0. É o caso do PHP, que tem a maior quantidade de pacotes para geração de Ajax, além de ser usado no Digg, na agenda online HipCal e no sistema de bookmarks Del.icio.us, entre outros.

O Java também é presença constante nos sites da web 2.0, sendo base de boa parte dos serviços do Google, como GMail, Google Calendar e orkut, além da parte visual do UOL K, serviço de relacionamentos do UOL. A linguagem Java também foi a escolhida para o Wasabi, um serviço nacional que permite visualizar os últimos sites, fotos e conteúdo gerados pelos amigos. Segundo um dos criadores do serviço, o carioca Danilo Medeiros, a escolha do Java permitiu usar pacotes de desenvolvi-mento empresarial, como o J2EE. "Isso permite que o Wasabi seja escalável para vários servidores", afirma Medeiros. Outro aliado do Java na web 2.0 é o Google Web Toolkit (www.info.abril.com.br/download/4575.shtml). Esse pacote permite fazer a programação visual do site diretamente em Java, que é bem mais fácil de depurar que o Javascript. Depois de tudo codificado, o Google Web Toolkit traduz o resultado para HTML e Javascript, gerando os efeitos visuais em Ajax.

Outro lançamento em desenvolvimento é o Spry (www.info.abril.com.br/download/4576.shtml), da Adobe. Ainda em fase de testes, o Spry traz um pacote de bibliotecas em Javascript para automatizar tarefas em Ajax, como suporte a arrastar e soltar nos sites. Já a Microsoft trouxe o ASP .Net Ajax (www.info.abril.com.br/download/4577.shtml). Trata-se de um pacote de desenvolvimento para gerar sites com suporte a Ajax usando as linguagens disponíveis para o .Net Framework. A idéia é semelhante à do Google Web Toolkit: permitir o desenvolvimento em um dialeto mais fácil de depurar, como o C# ou VB.NET, com a geração automática do código Javascript para as interações visuais do site. Segundo Bruno Nowak, gerente de novas tecnologias da Microsoft, "o ASP .Net Ajax é uma das iniciativas para criar uma experiência web mais imersiva, sem aumentar desproporcionalmente a complexidade de programação". O ASP .Net Ajax é usado em diversos sites. Um dos mais conhecidos é o PageFlakes, desenvolvido por um grupo espalhado por países como Austrália, Inglaterra e Bangladesh. Ole Brandenburg, um dos criadores do PageFlakes, afirma que "todas as linguagens de programação para a web já contam com alguma ferramenta Ajax. Por isso, tão importante quanto escolher uma plataforma é permitir que os usuários criem conteúdo em sua linguagem favorita. Isso é web 2.0". Segundo Brandenburg, o Pageflakes já conta com "flakes" (elementos para a página personalizada) feitos em PHP, Java, Python, entre outras linguagens.

AS MÁGICAS DO AJAX

Arrastar e Soltar: Dá para mandar e-mails ou arquivos para pastas arrastando esses itens

Botão direito: É possível criar um menu personalizado acessível com o botão direito do mouse

Carga de dados: Caixas de seleção e outros elementos podem receber dados sem carregar uma nova página

Preenchimento automático: Basta digitar metade da palavra que o site completa o resto com os termos mais comuns
Eric Costa, Coleção INFO Web 2.0

As línguas da nova web, Eric Costa, Coleção INFO Web 2.0 - Conheça as linguagens de programação e os pacotes de desenvolvimento para a nova geração de serviços na internet. [...]

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Denise Eler

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