33 palavras e nada mais

Matéria publicada em 05/10 que acabei de achar no site Geek fala sobre uma importante curiosidade da home do Google: existem apenas 33 palavras escritas.

Transcrevo aqui a matéria que conta com comentários da vice-presidente dos produtos de busca e de experiência de usuário da Google, Marissa Mayer.

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Google fala sobre interface de sistema de busca

Em entrevista ao site Washington Post, a vice-presidente dos produtos de busca e de experiência de usuário da Google, Marissa Mayer, comentou a respeito da interface do mais popular mecanismo da internet.

O foco da matéria foi a persistência do botão "Estou com sorte" ("I´m Feeling Lucky", no inglês), que acompanha a página desde sua primeira versão, lançada há 8 anos. Mayer explicou que o botão é uma herança e que por isto será mantido na capa do site.

Ainda que a herança tenha um baixíssimo uso, menos de 1% de todas as buscas, e que não todos os internautas saibam que clicando sobre o botão o site automaticamente remete o navegador para o primeiro resultado da palavra procurada, a companhia teme o furor dos usuários caso retire o botão do site.

"Se o retirássemos do ar, haveria um protesto maciço no mundo todo. É parte de nossa herança. É parte do que os usuários realmente gostam em nós", explicou. Manter o botão ali seria como mostrar que mesmo crescendo extraordinariamente para uma empresa multibilionária a mentalidade extravagante inicial não se perdeu.

Para o site The Inquirer, a mudança desagradaria os fãs do personagem de cinema Dirty Harry, interpretado por Clint Eastwood, de quem o texto do botão em inglês parece ter sido inspirado.

Obviamente, o lugar poderia ser aproveitado por uma série de outros serviços da própria empresa, ou ainda para divulgar produtos de anunciantes, já que a página é uma das principais paradas online, porém isto também iria contra algo que acompanha a Google desde o princípio: a simplicidade na interface.

Há oito anos, tudo que a Google mudou na página principal de seu serviço foi incluir algumas palavras, o que foi suficiente para gerar a fúria de alguns internautas. Em 2001, Mayer lembra ter recebido um email com o número 37. Sem entender, aguardou até que chegassem emails com outros números e uma explicação que levou à compreensão da mensagem: usuários estavam descontentes com o peso da interface e enviando a contagem das palavras do site.

Atualmente, a empresa tenta manter um número baixo de palavras, apenas 33. A receita é totalmente oposta à de diversos serviços rivais, que anunciam dezenas de serviços em suas capas.

Entre as poucas palavras, estão links para outros serviços, no máximo entre cinco e sete, com receio de que muitos outros apenas confundiriam a cabeça do usuário. Outro importante produto da empresa, o email Gmail, não foi anunciado até hoje na capa do site por não caber no padrão da "home page", que mostra apenas outros sistemas relacionados a busca.

Contudo, a empresa planeja um redesenho da capa para os próximos anos, mas garantiu que manterá um limite baixo de palavras e as três marcas registradas da empresa: o logo colorido, a palavra Goooooooooogle no rodapé das páginas de resultado e o botão "Estou com sorte".

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Mais uma matéria interessante para quem se interessa pela área. Afinal ser fiel a um modelo "revolucionário" e agradável mesmo com tantas ofertass de ferramentas é até complicado, mas não impossível.

Essa matéria mostra como o design de interface, e até mesmo de informação, pode ser o grande diferencial de um produto pra outro.

Link para a matéria http://www.geek.com.br/modules/noticias/ver.php?id=12428&sec=4

Vale muitíssimo a pena ler esse site sempre, tem muita coisa interessante sobre o mundo da tecnologia, são notícias mais informais e alguma curiosidades interessantes. Com frequência aparecem matérias sobre interface.