terça-feira, 13 de março de 2007

Cinema Open Source e MUSEUS VIRTUAIS


Queridos,


Este BLOG é uma boa fonte de informação sobre Hipermídia.

Leiam este POST sobre como o cinema pode ser afetado pelo discurso da HIPERTEXTUALIDADE E INTERATIVIDADE.


PENSEM: COMO OS MESMOS DISCURSOS PODEM AFETAR OS MUSEUS VIRTUAIS??



O formato


Alguns dizem que a tendência da digitalização e da hipermidiatização é englobar os outros meios (e aí entende-se os esforços do W3C em padronizar o conteúdo e divergir na apresentação do mesmo). Pouco a pouco o discurso hipertextualizado e/ou interativo começa a ser expresso em outras mídias, muitas vezes, forçando as mesmas a mudarem seus próprios formatos.


É a promessa da tv digital, que muito além da mudança do tipo de sinal, promete mudanças mais profundas na própria linguagem televisiva (será que teremos arquitetos da informação e designers de interação na produção da programação?). É o caso das narrativas interativas, que usam e abusam da hipertextualidade para contar histórias que não poderiam ser contadas em um formato linear. É o caso da arquitetura interativa, que usando os meios digitais, promete fazer na arquitetura o que o design de interação tem feito no design (quem já visitou uma instalação interativa, como os do FILE ou da FAAP Inova, sabe do que estou falando). É o caso do jornalismo participativo, que tem mudado o jornalismo, do modelo da distribuição da informação para o diálogo. É o caso da Biblioteca 2.0, que tem mudado a forma com que os bibliotecários vêem suas tarefas.


As práticas


Além do próprio formato que os meios digitais não lineares levam para as outras mídias, eles estão levando também valores culturais, que antes, se manifestavam predominantemente nos primeiros. Eu já tinha ouvido falar e visto um exemplo no FILE do cinema interativo, uma área ainda meio experimental (como muitas coisas relacionadas com a hipermídia, que não estão na web). O cinema interativo é um exemplo perfeito da influência da hipermídia sobre o formato do cinema.
Porém, todos os meios de comunicação manifestam práticas culturais que podem ser consideradas, até certo ponto, efeitos colaterais desta mídia, e até certo ponto, as próprias razões que deram nascimento à esta. O hipertexto eletrônico é considerado por muitos estudiosos, não uma conseqüência do surgimento dos meios digitais, mas uma expressão da sociedade pós-moderna, que reflete seus diversos aspectos, como a descrença em verdades absolutas, psicose nossa do dia-a-dia, a diversidade de pontos de vista (uma visão multifacetada da realidade), o nomadismo psíquico, entre outros, e que pôde ser manifestada concretamente graças ao surgimento desta tecnologia.
Desta forma, não é de se estranhar que estas mesmas práticas culturais que deram nascimento, e se expressam na hipermídia, sejam expressas também em outras mídias, mesmo quando estas, ainda seguem os formatos lineares.


É o caso do curta-metragem holandês Elephants Dream, de março de 2006. O filme inteiro foi produzido somente com tecnologia open source (principalmente, com o Blender e o GIMP) e os arquivos foram disponibilizados na licença Creative Commons de Atribuição, que permite que qualquer um baixe os arquivos, faça as mudanças que quiser e crie um novo filme.

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Denise Eler

Denise Eler

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